MEGS - Mãe que Eu Gostaria de Socar

Encontrei esse texto nas minhas andanças pelo maravilhoso mundo da internet e achei sensacional. Traduzi livremente e espero que gostem. Por uma vida com menos julgamentos em todos os sentidos, principalmente na maternidade, que é um assunto tão delicado. Chama de vagabunda mas não chama de má mãe! hehehe 

"Logo depois que eu tive meu bebê, eu descobri que a maternidade é uma irmandade. Outras mulheres queriam saber se eu tinha um menino ou uma menina , quantos anos ela tinha, e qual era o nome dela.

Mas não demorei muito a perceber que se escondia na maternidade-irmandade um estranho ser que eu chamei de MEGS.

Você já deve ter ouvido falar na MILF - Mother I´d Like to Fuck (em português, Mãe que Eu Gostaria de f$#%@). Bem, a MEGS é um tipo da mesma espécie, com a diferença que são Mães que Eu Gostaria de Socar.

Eu descobri minha primeira MEGS quando eu contei a outra mãe sobre minha peridural seguida de uma cesárea de emergência. 'Sinto muito por ouvir isso, eu não usei nenhum remédio ou anestesia...', ela respondeu orgulhosa. Uma semana depois eu estava dando de mamar à minha filha em um café e ouvi uma mulher dizer para sua amiga: 'Aquele bebê é muito novinho para tomar mamadeira, você não acha?' Depois ainda outra mãe me perguntou se eu não tinha vergonha de a minha filha estar tão gordinha. Ela também questionou se eu não achava que minha filha estava uns dois meses atrás dos outros bebês da sua idade em relação ao desenvolvimento.

As MEGS estão em todo lugar. Elas são as mães que insistes que a maternidade é 100% alegria, que nunca se sentem sozinha, sobrecarregadas ou de saco cheio,  e que todas as intermináveis noites sem dormir ninando um bebê chorando são um privilégio. Se a maternidade é assim tão fácil para elas e seu mundinho cor de rosa ou azul, porque então eu e outras pessoas que eu conheço achamos tão difícil às vezes?

Mas de longe a pior revelação que eu tive em relação a MEGS é o fato de que sou uma delas. Eu posso me transformar em uma Mãe que Eu Gostaria de Socar a qualquer momento.

No supermercado outro dia, eu vi uma criança fazendo uma birra horrível. A pobre mãe estava transtornada e parecia prestes a cair em prantos. Ela pegou um pacote de pirulitos e deu um na mão do seu filho para tentar calá-lo. E imediatamente eu a julguei. Pensei em todas as teorias de disciplina e recompensar uma birra com pirulitos não é recomendável em nenhuma delas.

Como ouso julgar a pobre mulher? Eu não tinha ideia de qual era sua situação. E eu sabia por experiência própria que em alguns dias as mães só querem sobreviver, apesar das suas melhores intenções. Por que então nós fazemos isto? 

Em seu livro sobre competitividade feminina, Catfight, Leora Tanenbaum escreve que quando as mulheres se tornam mães toda sua identidade se torna uma extensão da identidade de seus filhos.
Mulheres são definidas pelas suas características como mães de uma forma que os homens não são. A auto-estima da mãe é baseada em quão bonito, quão inteligente e quão bem comportado é o filho dela comparado com as outras crianças. Se você tem um bom filho, por extensão, você é uma boa mãe, que é sinônimo de ser uma boa pessoa. Mas se seu filho é chorão, então, não importa as conquistas prévias em sua vida, você é considerada um fracasso.

Se nós, mães, pudéssemos tirar a pressão de nós mesmas e aceitarmos que estamos fazendo o melhor que podemos, muitas vezes em circunstâncias difíceis, talvez seríamos um pouco menos inseguras e julgaríamos menos as outras mães. E talvez a irmandade das mães pudesse dar um tapinha nas costas em vez de apunhalar pelas costas."

Kassey Edwards
Fonte: http://m.dailylife.com.au/life-and-love/parenting-and-families/mils-mothers-id-like-to-slap-20120913-25uip.html

Agora quero saber uma coisa... A gente acaba sempre tendendo a se colocar mais de vítima que assumir nossos erros. Mas como prezamos a irmandade na maternidade, não vamos apontar o dedo. vamos fazer diferente. Em vez de me contar se você já se sentiu julgada, conte-me o contrário... você já se pegou julgando? Me conta. =)

8 comentários:

  1. Pra tudo na vida isso vale né? Vamos tentar cada um cuidar dos nossos umbigos ao invés de julgar os outros :D

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  2. Hahahahaha!! Conheço várias MEGEs!!! E juro que me policio pra não ser uma, afinal, pra mim, maternidade está longe de ser cor-de-rosa apesar de ser muito feliz como mãe! Beijos de uma MEGE em potencial (quem nunca?)

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  3. Tem um monte de MEGEs do meu lado !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Texto PERFEITO !!!!

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  4. Musa,
    Não sou mãe para opinar a conduta de outra, mas penso que a gente não deve julgar as pessoas. Não sabemos o que ela passou para estar naquela situação.
    Bom fds!
    Big Beijos
    Lulu on the sky
    luluonthesky.blogspot.com.br

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  5. Amei o texto !!
    Pq desde q vc engravida vem aquelas lindas te dando lição de moral!

    Beijos

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  6. Já me peguei julgando outra mãe em pensamento. Mas aí eu lembrei de quando meu filho também faz pirraça e eu fico querendo enfiar a cara no buraco mais próximo. Então me coloco no lugar da outra mãe e logo penso "eu sei como é isso". Tô bem melhor em relação a isso hahaha

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  7. Já me peguei julgando outras mães sim, mas logo me lembro de como meu filho também faz pirraça e eu fico querendo enfiar a cara no buraco mais próximo por não saber o que fazer - se é que tem algo a ser feito. Enfim, já estou bem melhor em relação a isso. P.S: Confesso. Já fui uma MEGS.

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Fico feliz quando você comenta!

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