"Espero estar fazendo a coisa certa"

Ontem, enquanto conversava com uma amiga que me contava que ia matricular o neném (Gabriel) na creche escolhida antes de sua volta ao trabalho, ela soltou a frase do título. Respondi que essa seria nossa eterna dúvida. Porque é verdade: se antes de sermos mães já temos dúvida sobre estar ou não fazendo a coisa certa, depois de sermos mães, essa dúvida se potencializa, nos angustia, nos paralisa e quase nos inferniza.

Estava sumida, né? Espero que vocês tenham sentido minha falta, suas monstrinhas, me respondam que não que eu fecho o blog, hein?! Hehehe. Matheus depois daquele último post continuou com a otite, levei à revisão e o ouvido internamente ainda tinha pus, o tímpano estava inchado e ele precisou tomar nova caixa de antibiótico. Menos mal que o atual, Zinnat, não dá diarreia como o Clavulin (cuja amoxicilina fez o Matheus chegar à marca de 10 cocôs por dia! Alô, amigos que participaram do meu chá de fraldas, obrigada!) e hoje resolvi mandá-lo de volta à creche depois de passar quase um mês, isso mesmo, um mês, na casa da minha santa mãe (graças a Deus tenho vovó Mariana para me render enquanto trabalho e não posso estar com o neném) que mora em um bairro bem distante do meu e me faz pegar bem mais de uma hora de engarrafamento na hora do rush. Eu era uma mãe acampada, cansada, exausta. E Matheusinho? Ah, o Matheusinho... esse aí estava bem, muito bem, curtindo as longas férias na casa da vovó. Hoje, mesmo ainda tomando antibiótico (que acaba na quinta), resolvi mandá-lo para a creche pela primeira vez depois de todo esse tempo, motivada pelos seguintes aspectos:
1) o remédio é dado duas vezes ao dia, POR MIM, de manhã e à noite, então tenho certeza de que ele tomou o medicamento certinho sem depender dos outros;
2) esse remédio não causa diarreia como o outro (não há risco de ele voltar assado por não poder lavar o bumbum várias vezes ao dia);
3) estamos numa semana mais curta, então ele poderá ficar menos dias na creche de cara para não sentir tanto;
4) não o percebo dando tantos soquinhos no ouvidinho, não parece ter mais sintomas de dor aguda.

Escrevi na agenda e falei com as tias proibindo expressamente de molhar a cabeça no banho (só eu posso fazer isso em casa, com algodão e óleo Johnsons para não acontecer de cair água no ouvido) e dando aquelas recomendações gerais de volta depois de um tempo dodói. Ele foi para o colo de uma tia bem, informei que nesse período tinha começado a engatinhar, ela deixou ele no chão com os brinquedos coloridos e eu vim embora sem me despedir para ele não começar a me dar os bracinhos e o sofrimento ser maior para os dois. Liguei para a creche agora há pouco, para saber se meu menininho ficou bem e uma das tias do berçário me informou que de manhã ele ficou choroso... completou com um "é normal, ele ficou muitos dias sem ir à creche...mas ele comeu muito bem e agora está dormindo." Ainda bem que ele comeu bem e dormiu, mas nããããão, não é normal ele ficar choroso! Fico pensando o que se passa pela cabeça do meu neném. Deve pensar: estou aqui todo esse tempo e não chega nem minha mamãe, nem minha vovó, nem meu papai, nem meu vovô, nem meu dindo... o que aconteceu? Esqueceram de mim? E aí eu fico com o coração apertado, abatida, perdida, sem saber o que fazer além de torcer para chegar logo a hora da saída para eu estar de novo com meu Fofuchinho nos braços.

Trabalhar é preciso e a vovó mora longe, não tem como meu príncipe ficar direto com ela. E aí a dúvida volta: será que estou fazendo a coisa certa?

Enfim, que Deus proteja os Matheus, os Gabriéis e todos os bebês e crianças que precisam estar longe da mãe. Que para eles essa separação momentânea não seja tão dolorosa e que eles possam se adaptar bem às novas pessoas, aos novos brinquedos, à nova realidade. Que as pessoas que passem em seu caminho estejam dispostas a dar somente amor, carinho e promover o bem estar dos nossos tesouros. Saber se estamos fazendo a coisa certa, nunca saberemos, até porque, qual o limite do que é certo ou errado? É tão subjetivo... por isso só podemos rezar para que nossos pequenos estejam sempre em boas mãos, mesmo que não sejam mãos tão acolhedoras como as nossas mãos de mãe.

Mamãe Musa dedica esse texto à sua amiga Tatiane Nicacio, a que está mais perto de voltar de licença maternidade. 

A primeira otite e o primeiro antibiótico :(

Bom dia, minhas flores! Essa semana para nós foi bastante puxada. Quase surtei de preocupação. Matheus estava com febre desde domingo que foi aumentando com o passar do tempo. Na segunda, na hora do almoço, saí do trabalho para levá-lo ao pediatra. Chegando lá, com o exame clínico, o médico descobriu placas brancas na garganta e diagnosticou a amigdalite. Nesse dia, ele examinou o ouvido com o otoscópio e ainda não identificou nenhum problema, só mesmo na garganta. Já me senti muito triste por ele ter de tomar antibiótico pela primeira vez tão novinho, mas comecei a administrar o remédio e, como sempre, com o apoio da minha mãe, ele não foi para a creche e ficamos na casa dela. Deu terça, deu quarta, deu quinta e, mesmo com tomando o Alivium (anti-inflamatório) de 6 em 6 horas, a febre não baixava. Na quinta, Matheus amanheceu com pus saindo do ouvido. Fiquei apavorada. Por sorte (azar por outra parte, mas sorte por eu poder estar mais tempo o observando), eu também estava em casa desde quarta-feira de licença por uma sinusite. Liguei imediatamente para o pediatra que afirmou a evolução para uma otite e indicou a troca do antibiótico, já que, como a febre não baixava, o antigo antibiótico não devia estar sendo suficiente para essa infecção. Foi uma semana triste para mim. Vi o Fofuchinho sofrer muito de dor. Se ao tirar um bife na manicure, quando dá pus, já é uma dor chata pra caramba, imaginem quão insuportável deve ser a dor dentro da cabeça, dentro do ouvidinho! Ele ficava alucinado, batendo as mãozinhas perto do ouvido, sem posição para dormir, sem querer comer direito ou mamar, porque dói para engolir... enfim, foi muito sofrido para ele e para mim acompanhar aquela dor. Como ele é muito risonho, não chegou a mudar o comportamento de interação conosco, mas muitas vezes ficava super incomodado... dor, né, tadinho. Graças a Deus não senti nenhuma alteração na audição, nem mesmo leve, por alguns testes que fiz, já que a diminuição temporária na capacidade de ouvir é outro sintoma.

Pesquisando na internet, vi que até 3 anos, 70% das crianças sofrerão com otite. Minha mãe conta que eu nunca tive esse problema, mas meu irmão sofreu com dor de ouvido. E é bem comum acontecer como foi com o Matheus, a otite evoluir de uma gripe ou resfriado, já que a secreção pode se instalar na trompa de Eustáquio, que nos bebês é mais curta e horizontal que nos adultos (por isso favorece esse acúmulo de secreção). Muitas vezes, principalmente em casos de febre que não baixa, o que é indício de maior infecção, indica-se o uso de antibióticos. De toda forma, é bom lembrar que o tratamento tem de ser ministrado o quanto antes, porque em casos mais graves (também mais raros), a secreção pode se acumular nas meninges e aí, Deus nos livre, evoluir para meningite.

Enquanto ele dormiu, para não deixar o assunto morrer, vim escrever no blog como fonte de ajuda para as mamães que precisarem (tomara que não!).

Mais informações retiradas do site Tua Saúde:

O que é: A otite é uma infecção no ouvido muito comum em bebês e em crianças pequenas que gera sintomas como febre, irritabilidade e dificuldades na alimentação e que deve ser tratada o quanto antes para evitar as graves consequências que ela pode gerar.


Causas da otite: As causas da otite podem ser a presença de vírus, bactérias ou, raramente, fungos. É comum que nas crianças ela seja precedida de infecções respiratórias como gripes e resfriados, mas o uso indevido de cotonetes também pode causar otite.
Sintomas da otite:
  • Dor de ouvido, que nos bebês pode manifestar-se por choro, irritabilidade e não ter posição para encostar a cabeça;
  • Recusa alimentar. No caso da otite é comum os bebês terem dificuldade até mesmo para mamar;
  • Pode haver nariz escorrendo;
  • Dificuldade para dormir devido a dor;
  • Febre;
  • Inatividade. A criança pode ficar mais tempo quieta, querer dormir mais vezes ou por mais tempo.
Em alguns casos, o ouvido pode ficar com mal cheiro e pode haver pus. Este é um caso mais grave de otite e a audição pode ficar comprometida temporariamente ou permanentemente.

Diagnóstico da otite: O diagnóstico da otite é feito através do exame ao ouvido utilizando um aparelho chamado otoscópio. Ele pode ser feito pelo pediatra ou pelo otorrinolaringologista.

Tratamento para otite:  Os analgésicos ou anti-inflamatórios podem ajudar a reduzir a dor até a inflamação começar a reduzir. Os antibióticos orais são uma opção válida quando a infecção evolui para além do canal auditivo.

Remédio caseiro para otite: O melhor remédio caseiro para ajudar no tratamento da otite nos bebês é colocar uma fralda aquecida com o ferro de passar roupa na região afetada. Os médicos alertam para não pingar nada dentro do ouvido para evitar que a infecção piore.

Fora isso, sugiro colinho, carinhos e vigilância constante para observar alguma alteração seja física ou de interação no bebê.
Que venha a próxima semana e que seja melhor que essa, de muita saúde!
Mamãe Musa ainda tem muito a evoluir em inteligência emocional para lidar com doencinhas em seu Fofuchinho... quase morro!
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